Logística no inverno Andino: Guia completo de sobrevivência para exportadores do Mercosul

Autor:
Time de Redação
5/9/2025
Transporte internacional

US$ 20,2 bilhões em mercadorias brasileiras circularam pelo Mercosul em 2024, representando 6% de nossas exportações totais. Entre junho e setembro, uma única passagem montanhosa pode interromper esse fluxo estratégico por dias consecutivos.

O Paso Los Libertadores, principal corredor logístico entre Brasil e Chile através da Cordilheira dos Andes, transforma-se no maior desafio operacional da América do Sul durante o inverno. Para empresas que dependem dessa rota, a diferença entre sobreviver e prosperar está na preparação antecipada.


Os números que executivos precisam conhecer

Magnitude do comércio em risco: Segundo dados oficiais do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil respondeu por 41,6% do comércio intrazona do Mercosul em 2024, movimentando US$ 20,2 bilhões em exportações apenas para os países do bloco.

Este volume representa uma parcela crítica dos US$ 337 bilhões em exportações totais do país.

Complexidade operacional do modal rodoviário: No Brasil, 65% de toda produção nacional é transportada por rodovias, enquanto países desenvolvidos utilizam matrizes mais equilibradas. Esta dependência do modal rodoviário torna operações internacionais especialmente vulneráveis a interrupções pontuais como fechamentos climáticos.

Impacto nos custos logísticos: Os custos logísticos brasileiros consomem 12,2% do PIB nacional, comparados a 7,8% nos Estados Unidos. Durante períodos de fechamento de fronteiras, estes custos se intensificam através de sobretaxas de armazenagem, diárias de motoristas e seguros adicionais.

Anatomia de um fechamento: O que realmente acontece

Fase 1: Alerta meteorológico As autoridades argentinas e chilenas emitem boletins conjuntos quando condições meteorológicas adversas se aproximam. Empresas preparadas ativam imediatamente protocolos de contingência, enquanto operações reativas continuam despachando normalmente.

"Acompanhamos constantemente os boletins oficiais integrados emitidos pelo Sistema Integrado Cristo Redentor e pelas autoridades de fronteira. Quando recebemos um alerta meteorológico, nossa equipe já sabe exatamente quais ações tomar," explica Eliane Maas, CEO da Transmaas.

Fase 2: Fechamento efetivo O bloqueio total da passagem provoca formação imediata de filas com centenas de caminhões. Custos de espera começam a acumular exponencialmente, impactando cronogramas de produção e contratos de entrega.

Fase 3: Reabertura e normalização Mesmo após reabertura, a normalização do fluxo demora dias adicionais. Empresas sem planejamento enfrentam efeito cascata em suas operações por semanas.

"Muitos embarcadores subestimam o tempo de recuperação após um fechamento. Nossa experiência de mais de duas décadas nos ensinou que a reabertura da passagem é apenas o primeiro passo para retomar a normalidade operacional," destaca Eliane Maas.

Metodologia de preparação: Framework desenvolvido em 22 anos

Prevenção Antecipada (90 dias antes do inverno)

Análise preditiva baseada em dados históricos: O monitoramento de padrões meteorológicos dos últimos anos permite identificar janelas de menor risco para embarques críticos. Esta análise inclui correlação entre fenômenos climáticos regionais e fechamentos efetivos da passagem.

Preparação técnica rigorosa:

  1. Manutenção preventiva específica para condições de altitude
  2. Instalação de equipamentos especializados para neve e gelo
  3. Treinamento intensivo de motoristas para condições adversas
  4. Verificação completa de sistemas de comunicação e rastreamento
"Investimos pesadamente na preparação técnica porque sabemos que cada detalhe faz diferença quando as condições se deterioram. Nossos motoristas recebem treinamento específico que inclui técnicas de direção defensiva em neve, uso correto de correntes e procedimentos de emergência," afirma a CEO.

Execução Tática (durante a temporada)

Monitoramento em tempo real: Nossa operação mantém acompanhamento constante de múltiplas fontes: boletins meteorológicos, comunicação direta com autoridades de fronteira, análise de fluxo nos pontos de controle e rastreamento GPS com alertas automáticos.

Protocolos de contingência estruturados:

  1. Mapeamento antecipado de rotas alternativas viáveis
  2. Acordos pré-estabelecidos para armazenagem em pontos estratégicos
  3. Comunicação proativa com clientes baseada em cenários prováveis
  4. Gestão de expectativas fundamentada em dados operacionais reais
"Transparência é fundamental. Preferimos comunicar cenários de risco com antecedência a surpreender clientes com problemas que poderiam ter sido mitigados. Isso fortalece relacionamentos e demonstra profissionalismo," explica Eliane Maas.

Otimização Contínua

Aprendizado sistematizado: Cada evento climático gera dados para refinamento dos protocolos. Mantemos registros detalhados de tempo de resposta, eficácia das medidas tomadas e impacto final nas operações dos clientes.

Relacionamentos estratégicos: Anos de operação contínua permitiram desenvolver relacionamentos sólidos com autoridades reguladoras, concessionárias de portos secos, despachantes especializados e outros agentes da cadeia logística.

A diferença da gestão proativa

Nossa experiência de mais de duas décadas no corredor Uruguaiana-Paso Los Libertadores nos ensinou que a antecipação faz toda a diferença entre operações que sofrem com imprevistos e aquelas que os transformam em oportunidades de demonstrar excelência operacional.

"Customer Success se tornou fundamental na logística internacional. Não se trata mais apenas de transportar cargas, mas de antecipar problemas e garantir que nossos clientes naveguem complexidades sem impactos operacionais. Nossa experiência experiência no Mercosul nos permite oferecer essa tranquilidade," destaca Eliane Maas.

Erros que custam caro: O que não fazer

1. Dependência exclusiva de previsões meteorológicas Previsões são orientativas, mas decisões operacionais devem considerar múltiplas variáveis incluindo capacidade de absorção dos terminais e fluxo previsto de outros transportadores.

2. Economia na preparação preventiva Investimento em preparação adequada representa fração mínima dos custos de uma emergência logística. A economia aparente se transforma rapidamente em prejuízo real.

3. Comunicação tardia com stakeholders Transparência antecipada fortalece relacionamentos comerciais. Surpresas de última hora destroem confiança construída ao longo de anos.

4. Subestimação do tempo de recuperação Reabertura da passagem não significa normalização imediata. Planejamento deve incluir 48-72 horas adicionais para absorção do backlog acumulado.

Tendências para 2025: O que esperar

Intensificação de eventos climáticos extremos Mudanças climáticas globais têm tornado eventos meteorológicos mais intensos e menos previsíveis, exigindo protocolos ainda mais ágeis e adaptativos.

Modernização da infraestrutura de monitoramento Autoridades dos países envolvidos investem em sistemas de comunicação integrada e monitoramento meteorológico avançado, prometendo maior previsibilidade para operadores logísticos.

Digitalização obrigatória dos processos Tendência crescente de exigência de rastreamento em tempo real e documentação digital integrada para operações internacionais.

"Acompanhamos de perto estas transformações porque sabemos que empresas que se antecipam às mudanças regulatórias e tecnológicas mantêm vantagem competitiva decisiva sobre aquelas que apenas reagem," observa a CEO da Transmaas.

Por que experiência consolidada faz diferença

Não se trata apenas de conhecer geograficamente as rotas. É compreender como sistemas complexos se comportam sob pressão extrema. É possuir relacionamentos consolidados que facilitam soluções em momentos críticos. É ter dados históricos que permitem tomar decisões informadas onde outros veem apenas incerteza.

Nossa jornada desde 2003 no transporte rodoviário internacional do Mercosul construiu expertise que hoje protege operações de dezenas de clientes. Cada inverno ensinou lições que convertemos em protocolos. Cada desafio se tornou conhecimento aplicável.

"Nossa vantagem competitiva não está apenas em conhecer as rotas, mas em entender profundamente como o sistema logístico do Mercosul funciona sob stress. Isso só se constrói com anos de experiência operacional consistente," destaca Eliane Maas.

O custo real da improvisação

Dados do Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS) mostram que o Brasil já opera com custos logísticos 56% superiores aos países desenvolvidos. Durante crises climáticas, empresas despreparadas enfrentam:

  1. Multiplicação dos custos operacionais não planejados
  2. Deterioração de relacionamentos comerciais por descumprimento de prazos
  3. Perda de competitividade em mercados internacionais sensíveis a preço
  4. Exposição a riscos regulatórios por não conformidade documental

A preparação adequada não representa despesa adicional. É investimento direto em previsibilidade operacional e sustentabilidade competitiva.

Sua operação está preparada para o próximo inverno?

O inverno de 2025 se aproxima. Empresas que iniciam preparação agora construirão vantagem operacional decisiva sobre aquelas que aguardam os primeiros fechamentos para reagir.

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A auditoria inclui:

Análise estratégica de rotas: Mapeamento de alternativas viáveis e custos comparativos por cenário de fechamento.

Avaliação de protocolos atuais: Diagnóstico de gaps em procedimentos de contingência e comunicação de crise.

Quantificação de riscos financeiros: Modelagem de impactos potenciais em diferentes cenários climáticos.

Cronograma de implementação: Plano de ação prioritizado com prazos realistas para execução.

Benchmarking setorial: Comparação com melhores práticas identificadas em 22 anos de operação especializada.

"Oferecer esta auditoria é nossa forma de compartilhar conhecimento acumulado em duas décadas. Queremos que empresas brasileiras mantenham competitividade internacional mesmo enfrentando os desafios logísticos únicos da região. O melhor momento para planejar é agora, com a experiência do inverno atual ainda fresca," explica Eliane Maas.

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